Desembargador diz que guarda que moveu ação quer 'enriquecer às custas dele'

Caso que deu início ao processo aconteceu em julho quando, ao ser abordado pelo guarda municipal para que fizesse o uso da máscara de proteção, o desembargador o chamou de analfabeto, rasgou a multa e disse que ligaria para o secretário de segurança pública no intuito tentar uma "carteirada".

O Desembargador ainda chamou o GCM de analfabeto
Foto: Reprodução/ Facebook
O Desembargador ainda chamou o GCM de analfabeto


O desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira acusa o guarda civil municipal Cícero Hilário Roza Neyo de querer enriquecer à suas custas. O desembargador alegou à Justiça, em um processo de contestação, que o GCM  pediu indenização de R$ 114 mil após ser ofendido e desacatado para ganhar notoriedade e enriquecer.

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O caso que deu início ao processo aconteceu em julho deste ano quando, ao ser abordado pelo guarda municipal para que fizesse o uso da máscara de proteção, o desembargador o chamou de analfabeto, rasgou a multa e disse que ligaria para o secretário de segurança pública de Santos Sérgio Del Bel no intuito tentar uma "carteirada". Siqueira caminhava pela praia sem a máscara que é de uso obrigatório.

A ação foi registrada em vídeo e viralizou nas redes sociais e ganhou grande repercussão nacional. Siqueira pediu desculpas públicas ao guarda municipal, mas na Justiça, alegou que o GCM quer enriquecer às custas dele e também ganhar notoriedade.

"O guarda municipal e seu colega se valerem da filmagem ilegal da armação para ganhar notoriedade, expondo-a (vítima) nas redes sociais e, posteriormente, na imprensa, fazendo o desembargador parecer o vilão 'elitista', disse à Justiça o advogado de Siqueira, Marco Barone. O advogado disse ainda que "no calor do momento, o desembargador usou as palavras, frases e expressão indicadas, mas, em nenhum momento, agiu com dolo".

Já Hilário, o guarda desacatado e ofendido pelo desembargador, alegou à Justiça que a gravação não pode ser contestada. "Ele tinha pleno conhecimento de que estava sendo feita, inclusiva, em nítido deboche, olhou para a pessoa que estava realizando a gravação e fez sinal de tudo bem com o polegar".

O processo ainda será julgado.