Quase 80% dos empreendedores entrevistados estão repensando o aluguel para reduzir despesas
Anderson Bianchi/ Prefeitura de Santos
Quase 80% dos empreendedores entrevistados estão repensando o aluguel para reduzir despesas


Manter o aluguel em dia é mais um desafio provocado pela pandemia do novo coronavírus. Isso porque muitos empresários e lojistas perderam parte ou até 100% de suas rendas, durante os últimos meses.

De acordo com a pesquisa realizada pelo Juicy Santos, em maio de 2020, esse mercado já apresenta mudanças significativas nas relações comerciais entre locatários e locadores. Todos buscam se adaptar ao “novo normal”.

A pesquisa aponta que quase 80% dos empreendedores entrevistados estão repensando o aluguel para reduzir despesas e a mesma porcentagem já renegociou custos fixos. “Inicialmente, não tínhamos um panorama de como ficaria o mercado e ainda são muitas as incertezas. Meu primeiro passo foi verificar o que poderia cortar ou reduzir. Nossa equipe de adaptou e consegui a redução temporária do aluguel, por três meses”, conta a arquiteta Thamyes Albuquerque, proprietária da TAed Arquitetura.

Ela aluga um espaço físico de um prédio comercial, mas ainda está trabalhando remotamente, assim como sua equipe. “Sempre tive bom relacionamento com a administração do conjunto e eu sabia que teria orçamento disponível para arcar com meus compromissos, porém, não enquanto as obras estivessem paradas”

Assim como ocorreu com Thamyres, a pesquisa mostrou que mais de 30% dos empreendedores obtiveram a compreensão dos locadores, que aplicaram 50% de desconto, e 8.5% teve isenção total do aluguel, sem necessidade pagamento compensatório posteriormente.

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“Aqui no Juicy Santos, temos bastante contato com pequenos negócios regionais e conhecemos o desafio de muitos deles. Depois de dois meses do início da pandemia, notamos que alguns estavam perdidos, sem entender quais seriam os próximos passos de seus negócios. O aluguel estava se tornando uma dor, a falta de visão de futuro somada à adesão de novos modelos de trabalho gerou a dúvida sobre a relevância dos espaços físicos. Nossa ideia foi compilar essas respostas para que esses empreendedores soubessem o que está na cabeça dos outros - e não se sentissem sozinhos”, explica Ludmilla Rossi, jornalista do Juicy.

Adaptação

A pesquisa revelou, ainda, tendências que podem se tornar realidade nos próximos anos, como relações comerciais mais flexíveis e o compartilhamento de espaços, por exemplo.

Para a Gerente de Operações do Espaço Certo, Aline Bottacin Brito, o coworking-escritório compartilhado- é estratégico tanto em tempos de crescimento quanto em tempos de crise. Em Santos, o segmento já foi mais tímido, mas cresceu muito, desde os 9 anos que coworking Espaço Certo está na cidade.

“Nós tivemos alguns movimentos: crescimento de fechamentos de planos virtuais, principalmente, por empresas que entregaram imóveis e procura de coworking e salas privativas para empresas, que ainda vão entregar ou que vão optar por um modelo mais flexível de trabalho. Nem sempre o home Office resolve integralmente tanto em termos de silêncio, ergonomia, estrutura em geral”, afirma Aline

Diante desse cenário positivo, quem já está no coworking também se adaptou. “Entre os nossos clientes houve redução também, os que precisaram ir para salas menores, porque demitiram pessoas, apenas fizeram downgrade conosco. Essa vantagem principal de poder aumentar e reduzir serviços e espaço será muito importante na retomada”, finaliza.

A pesquisa completa pode ser conferida no  site do Juicy .

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