Mães e filhos são beneficiados com a amamentação
Divulgação/ Assessoria
Mães e filhos são beneficiados com a amamentação



Embora seja de conhecimento geral que as mães devem amamentar seus filhos o máximo que puderem, isso nem sempre acontece. Para que se tenha ideia, em 2017, conforme o Ministério da Saúde, 59% dos bebês não mamaram até seis meses de vida. Em parte, isso passa pelo desmame precoce, problema que pode ter simples solução.

Conforme a especialista em aleitamento materno Sandra Abreu, dos Anjos do Leite, é comum que mães desistam de amamentar por causa de dificuldades que surgem logo após o nascimento de um filho. Para lidar melhor com os obstáculos, que podem ser dores no seio e problemas de "pega" por parte do bebê, entre outros, ela diz que é necessário passar por uma preparação psicológica.

"Uma das principais causas de desmame precoce é a imaginar que a amamentação é instintiva, inata. Mas, na verdade, é uma habilidade, que deve ser aprendida e desenvolvida. Por isso, desde a gestação, deve-se preparar psicologicamente, por meio de informações de qualidade, para conseguir vencer os obstáculos iniciais e amamentar até quando for bom para os dois (mãe e bebê)", diz.

Sandra afirma, ainda, que se as mães não tiverem essa consciência, poderão desistir de amamentar. "Quando a pessoa não se prepara, não tem os recursos necessários para lutar e vencer as dificuldades iniciais da amamentação".

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A especialista reforça que esta preparação precisa começar ainda durante a gestação. "Atualmente, não se prepara mais fisicamente o mamilo ou a aréola, passando buchas ou puxando o bico, com óleos e cremes. Hoje, há pesquisas que revelam que os hormônios da gestação preparam o peito para amamentar. Por isso, basta ter informação, para não se passar por processos desnecessários, para se saber quais desafios vão surgir e quais soluções poderão ser buscadas", explica.

Benefícios de amamentar

Sandra Abreu destaca que o leite materno tem muitos benefícios para as crianças. Por isso, é importante estender o período de amamentação.
"O aleitamento materno é de fundamental importância, não somente para um excelente desenvolvimento físico da criança, mas também intelectual, psicológico, motor e social! É um alimento completo, em todos os sentidos da palavra, além de ser a forma mais eficaz de criação de vínculo e aconchego que pode existir", fala.

Dentro do desenvolvimento da criança que mama, está também o crescimento saudável. Confira alguns dos benefícios:

  • Crianças exclusivamente amamentadas por, no mínimo, 6 meses apresentam metade da probabilidade de desenvolver câncer antes dos 15 anos do que crianças não amamentadas;
  • Crianças que recebem fórmulas infantis à base de leite de vaca antes dos 2 meses têm 2 vezes maior probabilidade de desenvolver diabetes;
  • Crianças não amamentadas têm probabilidade quase 3 vezes maior de serem vítimas de morte súbita do que crianças amamentadas;
  • Entre crianças amamentadas, quanto mais longa a duração do aleitamento materno, menor a incidência de má oclusão (dentes tortos);
  • Crianças amamentadas desenvolvem menos cáries do que crianças não amamentadas;
  • Crianças de 1 a 2 anos amamentadas têm taxa de infecção por parasitas de 29%, enquanto crianças não amamentadas, 66%.
  • Do nascimento até os 6 meses, as crianças alimentadas por mamadeira têm probabilidade 5 vezes maior de contrair infecção urinária do que as amamentadas;
  • Crianças de 0 a 12 meses que não recebem leite do peito são 14,2 vezes mais prováveis de morrer de diarreia do que bebês amamentados exclusivamente;
  • 80% das crianças de 3 meses ou mais ainda amamentadas apresentam estado nutricional normal, mas das crianças alimentadas por mamadeira, somente 43% têm essa classificação;
  • Bebês desmamados têm risco 3,6 vezes maior de morrer por infecção respiratória aguda (IRA) em comparação com crianças em aleitamento materno;
  • Crianças de 0 a 12 meses amamentadas exclusivamente têm metade do número de otites do que crianças não amamentadas;
  • Tanto bebês nascidos pré-termo como a termo, alimentados com leite de peito, apresentam melhor visão aos 4 meses e aos 36 meses do que aqueles alimentados artificialmente;
  • A Xeroftalmia (desordem da visão) em crianças é 3 vezes mais provável nas que interromperam a amamentação antes dos 24 meses;
  • Melhor desenvolvimento intelectual;
  • Crianças amamentadas por longo período apresentam maiores índices em testes de inteligência.


Também existem benefícios para as mães

  • Osteoporose: O risco de fraturas de quadril em mulheres com mais de 65 anos é reduzido pela metade entre as que amamentaram. Amamentar a criança por 9 meses reduz o risco para uma em quatro;
  • Enquanto não recomeçam os períodos de menstruação e enquanto a mulher amamenta exclusivamente, a proteção quanto a uma gravidez nos primeiros 6 meses é de 98%. Depois dos 6 meses, cai para 96%;
  • Amamentar por, no mínimo, 2 meses reduz o risco de câncer no epitélio ovariano em 25%;
  • A amamentação por, no mínimo, 3 meses pode reduzir pela metade os riscos do câncer de mama que ocorre antes da menopausa;
  • As vítimas da esclerose múltipla apresentam menos probabilidade de terem amamentado do que pessoas saudáveis.

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