A pipa com cerol pode causar acidentes fatais e danos à rede elétrica
Prefeitura de Sorocaba / Divulgação
A pipa com cerol pode causar acidentes fatais e danos à rede elétrica


A campanha educativa de conscientização para coibir o uso de cerol em pipas, realizada pela Prefeitura de Santos, envolverá cerca de 9.200 alunos do Ensino Fundamental da rede municipal, neste ano.

Eles receberão material virtual explicativo, a partir da segunda quinzena deste mês, com 10 dicas de como ter cuidados e segurança na hora de se divertir com a brincadeira que atravessa gerações.

O material também será entregue impresso nas escolas às famílias com dificuldades de acesso à internet. O tema será trabalhado nas aulas remotas de Educação Física em todas as unidades. Os alunos da Educação Infantil também terão atividades sobre o assunto apropriadas à idade.

LEI

O Projeto Educativo do Uso Consciente das Pipas é desenvolvido nas escolas municipais conforme a lei municipal 1.649/97, em consonância com a lei estadual 12.192/2006. A iniciativa, realizada anualmente, conta com patrocínio da CPFL Piratininga e tem como objetivo fazer com que os alunos sejam multiplicadores da informação.

“Nossa preocupação é muito grande em dar continuidade a essa conscientização no ensino remoto, para que a mensagem chegue nas crianças e nos pais, ainda mais que julho é um mês de ventos fortes, o que gera aumento de acidentes envolvendo pipas com cerol”, afirma o professor da Seção de Projetos Educacionais Especiais, Aldemir Cariri de Lima, da Secretaria de Educação (Seduc).

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Nos anos anteriores, o projeto englobou palestras e apresentações de maquetes nas escolas municipais, além de ações de conscientização nos bairros pelo Programa Cidadania em Ação/Caravana das Oportunidades, da Secretaria de Governo (Segov).

Redução das ocorrências

O relatório de janeiro divulgado pela CPFL Piratininga revela queda significativa do número de ocorrências envolvendo a rede elétrica na Baixada Santista, nos últimos três anos.

Em 2017, foram 1.434 registros, enquanto em 2018 foram 1.211 e, em 2019, 701 nos nove municípios da região metropolitana. “Santos contribuiu com queda de 42,65% em números de acidentes envolvendo pipas na rede elétrica”, disse o professor Aldemir, ressaltando que, ano passado, quatro mil casas da Zona Noroeste ficaram sem luz em razão do uso de cerol em pipas.

Segundo a Secretaria de Segurança (Seseg), de janeiro a julho deste ano, foram registradas oito ocorrências de pessoas usando pipas com cerol, enquanto no mesmo período de 2019 foram 23, a maioria na orla da praia e Zona Noroeste. “Em geral, o número está reduzindo, mas não podemos reduzir a fiscalização, assim como a educação sobre o tema”, enfatizou o guarda municipal envolvido no projeto, Gustavo Otelo Oliveira da Silva.

A Guarda Municipal (GM) faz a fiscalização na orla. Nos demais locais da Cidade, ela ocorre por meio de denúncia ou durante patrulhamento preventivo. Durante fiscalização, são apreendidas as linhas cortantes, seja com cerol ou outros tipos como a linha chilena.

A corporação orienta as pessoas a não utilizarem o material cortante, explicando que ele é proibido e os riscos de acidentes fatais. Em caso de menor de idade, a GM contata o responsável para a aplicação de multa no valor de um salário mínimo. Denúncias podem ser feitas pelo 153 (Guarda Municipal) e pelo 190 (Polícia Militar).

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