A construção do viaduto envolveu cerca de 180 funcionários.
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A construção do viaduto envolveu cerca de 180 funcionários.


A Nova entrada de Santos foi entregue à população, neste fim de semana. O viaduto em curva facilitará o deslocamento de cerca de 180 mil moradores da Zona Noroeste e, toda a população santista, ao realizarem o trajeto no sentido Centro à Zona Noroeste.

O elevado faz parte de um sistema viário integrado que permitiu a eliminação de semáforos, garantindo mais fluidez no trânsito. Além disso, compõe com outras obras realizadas na Via Anchieta que irão separar o trânsito de veículos de passeio e de caminhões.

LUZES COLOREM ESTRUTURAS DE CONCRETO DO VIADUTO

As luzes estão colorindo as estruturas acinzentadas de concreto do viaduto e já são um dos principais atrativos. A iluminação cênica possibilita que as cores das lâmpadas sejam trocadas. Desta forma, em datas comemorativas e campanhas de saúde, por exemplo, as cores podem fazer referência a essas iniciativas.

Um total de 325 luminárias lineares de LED estão instaladas para a iluminação cênica com possiblidade de reprodução de até 67 milhões de combinações de cores. Para que as luzes funcionem com data e horário marcados, é utilizado um programa de edição pelo controlador iPlayer. Esse aparelho tem espaço de memória de 256 cenários. A programação também pode ser feita pelo calendário astronômico que identifica o anoitecer e o amanhecer.

NOVA ENTRADA DE SANTOS

A construção do viaduto envolveu cerca de 180 funcionários da Terracom – empresa vencedora da licitação para a realização da obra – que trabalharam simultaneamente. Dentre as funções desempenhadas, estiveram presentes engenheiros civis, mestres de obra, motoristas, operadores, encarregados, carpinteiros, armadores, montadores, pedreiros, ajudantes, eletricista, soldadores.

PILARES

O viaduto possui cinco pilares arredondados com diâmetro de 1,50m cada, distribuídos ao longo de sua estrutura. A sensação de amplitude por quem avista o elevado também é causada pelos quatro vãos de 40 metros e um de 35 metros que dá mais leveza à paisagem urbanística do local. O ponto mais alto do elevado até tocar a pista da Avenida Martins Fontes, que passa embaixo, fica a 9 metros.

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CONCRETO

O viaduto em curva da entrada da Cidade, durante a construção, recebeu cerca de 4 mil metros cúbicos de concreto em toda a sua estrutura. Essa quantidade equivale a 400 caminhões betoneira. E o aço somou aproximadamente 640 toneladas, sendo equivalente a 26 carretas. Se todo esse aço fosse alinhado, teríamos cerca de 570 quilômetros de extensão. Essa seria, por exemplo, a distância entre as cidades de Santos e Birigui (SP).

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Os motoristas que trafegarem no viaduto em curva, que possui duas faixas de rolamento de 3,6m de largura, sentido Centro/Zona Noroeste (Martins Fontes/Nossa Senhora de Fátima), encontrarão o trecho iluminado com lâmpadas LED.

No total, há 53 postes, sendo 14 de aço galvanizado com 8 metros de altura sobre o viaduto; 18 postes de aço galvanizado com 10 metros de altura, ao longo da Av. Martins Fontes, no passeio paralelo à linha férrea e mais 21 postes de concreto com 21 metros de altura ao longo da Av. Martins Fontes, no canteiro central.

SUSTENTABILIDADE

Um fator de destaque na obra do viaduto em curva da entrada da Cidade foi a sustentabilidade. Desde a montagem do canteiro de obras, os materiais inutilizados tinham suas condições de reaproveitamento avaliadas e seguiam para outros fins. Os tapumes metálicos que protegeram o entorno da obra, por exemplo, foram reutilizados em outros canteiros de obras da Nova Entrada de Santos. Outro material reutilizado foi a madeira empregada na execução do formato curvo do viaduto. Essas estruturas foram reutilizadas na construção de estruturas de pontilhões.

OBRA

Uma obra aguardada há mais de 50 anos pela população, num local por onde circulam diariamente 120 mil veículos e 10 mil caminhões. Esse foi o principal desafio para a construção do viaduto em curva. “Fizemos a obra sem interromper o tráfego nesse ponto principal de entrada e saída da Cidade, contando com o apoio de diversos órgãos”, afirmou o gestor do Programa Nova Entrada de Santos, Wagner Ramos.

Outro fator de grande impacto na evolução do viaduto foram as investigações e os remanejamentos de interferências, previstas e não previstas, como adutoras de água, rede de esgoto, gasoduto, drenagem, telefonia, fibra ótica, redes elétricas de média e alta tensão.

O coordenador de Engenharia da Terracom, Márcio Brites, explicou que, em virtude destas limitações, o espaço físico disponível para o canteiro de obras também foi reduzido. “Precisamos de habilidade na logística de distribuição de insumos durante todo o tempo”, completou.

“A construção do viaduto atende a uma demanda que os santistas aguardaram por anos e, finalmente, foi realizada, pois sua construção aumentará a mobilidade e a qualidade de vida dos residentes e visitantes. Além disso, apresenta design inovador e, durante a noite, uma iluminação cênica que surpreende quem passa pela nova entrada da Cidade”, afirmou o superintendente da Terracom, Marcos Diniz.

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