Câmara de São Vicente é alvo de protesto por causa de licitação de móveis em momento de pandemia
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Câmara de São Vicente é alvo de protesto por causa de licitação de móveis em momento de pandemia


A notícia que a Câmara de São Vicente pretende gastar quase R$ 900 mil para comprar novas cadeiras, mesas e sofás para o plenário do legislativo ganhou a internet nos últimos dias, e gerou muita revolta, conforme divulgamos aqui na Coluna. Nesta quinta-feira (15), até agora, seis partidos políticos (PMN, PV, PDT, PSC, PCdoB e PT) se manifestaram em conjunto e divulgaram nota contra o pregão presencial (modalidade licitatória) publicado pela Casa de Leis, que acontece no dia 27. Só a cadeira do presidente está avaliada em R$ 5.882,66.

Revolta

"A população assolada na miséria e vossas excelências esbanjando o dinheiro público? Zombando do povo com essa compra esdrúxula?", critica trecho do documento assinado pelos presidentes das agremiações.

Pediu para sair

Depois de 2h30 que a nota foi divulgada, um presidente de partido, que tem vereadores eleitos na cidade, pediu para retirar o nome da sigla do protesto. Foi após uma conversa que rolou na Casa de Leis...

Insatisfação

"A função da Câmara é fiscalizar e ser a voz do povo, e não se coadunar com o Executivo e fazer chacota com a população. O sentimento é de VERGONHA!", encerra a manifestação coletiva.

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Não é o momento

"Mesmo que seja legal essa compra, hoje, por causa da pandemia da covid-19, é imoral, um escárnio. Sabemos que a Câmara não pode comprar insumos para ajudar no enfrentamento do coronavírus, mas pode devolver recurso para a Prefeitura adquirir materiais e, assim, ajudar a salvar vidas na cidade", comenta a presidente do PMN, Andreia Lamaison.

Tem mais

Essa não é a única aquisição que está dando o que falar na cidade. A Câmara, recentemente, gastou quase R$ 80 mil para restaurar a pintura de retratos e acervos das galerias de presidentes e dos constituintes do Legislativo. E, nesta semana, realizou um outro pregão para contratar uma empresa para transmitir as sessões pela internet, ao vivo e gravadas, pela bagatela estimada em R$ 1,6 milhão por ano. Hoje, um funcionário já faz esse serviço e disponibiliza o material on-line.

Bastidor

A Coluna apurou que, devido à repercussão negativa, os parlamentares se reuniram hoje para tratar dessas questões. Por enquanto, nada foi divulgado oficialmente. A previsão é de que isso aconteça apenas nesta sexta-feira (16). Nós entramos em contato com a assessoria da presidência da Câmara, que preferiu não se manifestar neste momento.

Na cidade vizinha

Em Santos, a Câmara devolveu, nesta quinta, R$ 3 milhões à Prefeitura. O dinheiro será destinado para oferecer cursos de capacitação e comprar cestas básicas para ajudar moradores que foram impactados pela pandemia. Esta é a primeira parcela dos R$ 11,9 milhões que serão encaminhados de volta aos cofres municipais. 



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