2022 tem sido um ano de grandes realizações para o mestre de capoeira Márcio Rodrigues
, que também atua como professor universitário nos cursos de Educação Física e Psicologia. Um dos maiores incentivadores da capoeira na Baixada Santista
, o mestre coleciona prêmios e títulos
.
O último reconhecimento veio em forma de homenagem ao promover, com o Projeto Capoeira Escola e a Metodologia Capoeira Para Todos, a igualdade racial e social, oferecido pela Coordenadoria da Promoção da Igualdade Étnica e Racial e pelo Conselho da Comunidade Negra, ambos da cidade de Santos.
Esse não foi o único feito que o capoeirista conquistou neste ano: em setembro, foi condecorado como Cidadão Santista; em abril, recebeu a Medalha Brás Cubas, a premiação mais nobre da cidade de Santos e também conquistou com o projeto ‘Capoeira Escola’ o bicampeonato do Prêmio Comunidade em Ação, em 2011 e 2015.
Os feitos são frutos de um trabalho árduo que já completa 27 anos. Quando fundou o projeto Capoeira Escola em 1995 e a metodologia Capoeira Para Todos em 1997, o principal objetivo era difundir a capoeira, não somente pela Baixada Santista como por todo o Brasil.
Assim, os prêmios não se limitam apenas pela região. Em 2020, ganhou o 'Berimbau de Ouro’, em Salvador, e em 2011, com o Mérito Consciência Negra da AFROSAN.
Além disso, em todos esses anos, Mestre Márcio perdeu as contas de quantas vidas já impactou através da arte da capoeira. Atualmente, o projeto está espalhado em instituições públicas e privadas. “São mais de 800 alunos de todas as idades, corpos e jeitos”, comenta.
Capoeira da Unimes
A Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) é um dos maiores polos da Capoeira Escola. Atualmente, cinco turmas são atendidas nas instalações da universidade.
A conexão do projeto com a Unimes vai além do espaço, já que Mestre Márcio se formou pela FEFIS e hoje atua como professor universitário tanto no curso de Educação Física como de Psicologia.
“Eu estou bem contente com os resultados, mas meu sonho é que a capoeira seja mais reconhecida. E para isso, eu acredito que é necessário quebrar o preconceito étnico, racial e religioso. As pessoas precisam compreender os benefícios que a prática envolve tanto no condicionamento físico, quanto nas formações sociais e físicas”, salienta Mestre Márcio.