
As pessoas vivem em constantes mudanças, tanto pessoais quanto profissionais. E essas alterações necessitam muitas vezes estarem acompanhadas de um trabalho de consultoria de imagem, para que o efeito seja completo, transmitindo a imagem desejada, desde que a satisfação pessoal esteja ao se olhar no espelho. Para se ter uma ideia, estudos atestam que 55% da primeira impressão é formada nos três primeiros segundos, ou seja, quando uma pessoa olha a outra.
“Então, se você não tiver uma imagem alinhada com a autoridade que você quer transmitir, tudo vai por água bem antes de você apresentar todo o seu conhecimento e qualidades", afirma a consultora de imagem Andrielly Antunes. "Meu trabalho é olhar individualmente para a pessoa, respeitando as características e a personalidade dela, encaixando coisas que a melhorem. Cada pessoa tem a sua realidade. O trabalho da Consultoria de Imagem é olhar para isso, para o que melhorar na pessoa nesse aspecto”, explica.
A profissional deixa claro que o trabalho de coloração visual e de visagismo (conjunto de técnicas para se valorizar a beleza de um rosto, usando maquiagem e corte de cabelo, por exemplo), fundamentais integrantes do processo de consultoria de imagem, não formam um simples manual de regras para ser consultado na hora em que convier à pessoa.
"O que acontece muito é que as pessoas que não estão buscando o alinhamento da imagem profissional não procuram a Consultoria de Imagem, isso vem depois. A primeira escolha é a Coloração Pessoal, para entender as cores que ficam melhores para ela, entendendo que uma roupa, um acessório, cor de cabelo de uma determinada cor a favorece e isso já tem uma mudança na autoestima. Quando é um profissional, o serviço solicitado é o mais completo, no caso a Consultoria de Imagem. E não vou entregar uma cartela de cores dizendo que a pessoa não vai usar mais nenhuma cor . Sempre falo nos meus atendimentos que é sobre autoconhecimento: ninguém vai sair lendo manual de regras para seguir e, sim, a pessoa vai se perceber e entender como vai usar cada cor, peça de roupa, acessório para se favorecer. É um processo. Tudo traz resultados para a autoestima, é um autocuidado", explica.
Embora 80% das clientes de Andrielly sejam mulheres, os homens estão vencendo a resistência e procurando a consultora. "Há uma visão de que é um processo só para mulheres, muito feminino. E não é bem assim porque, quando a gente fala de imagem, é a masculina ou a feminina. Seja para um homem com ou sem barba, por exemplo", define.
Separações e uniões
A consultora de imagem lembra que o uso das cores passa diretamente pela intenção e pela intuição, de modo a transmitir uma mensagem que se encaixe melhor em cada situação, unindo o útil ao agradável.
"Nos atendimentos e palestras, dou exemplos, inclusive do meu dia a dia: eu tinha uma formatura e amei um vestido laranja. Quando coloquei, parei, olhei e pensei: esse vestido não serve para uma formatura às 22 horas, mas serviria para um casamento no final do dia. Faço essas provocações para que a pessoa faça o mesmo: pare, olhe e entenda aquilo, o que ela quer transmitir, seja no trabalho, um evento casual ou festa de gala. A cor tem a energia dela, isso é científico", explica.
A disposição de querer mudar é um aspecto importante para que o trabalho da Consultoria de Imagem funcione de maneira efetiva. Ele é feito geralmente ao longo de dois a três meses, em encontros quinzenais online ou presenciais, dependendo da disponibilidade. Depois da orientação, Andrielly Antunes fica à disposição pelo Whatsapp de um a três meses, de acordo com cada situação, para consultas e soluções de dúvidas.
"Recebo vários feedbacks, com pessoas que me marcam no Instagram dizendo que passar pelo processo é transformador, que já sabe usar as cores, combinar peças e acessórios. Tive uma cliente que postou há alguns dias que não usava a cor laranja e qualquer acessório. Depois que ela passou pelo processo de Coloração Pessoal, começou a usar, as pessoas passaram a elogiá-la, dizer que ela estava mais bonita. É algo que dá trabalho. Se ela não se empenhar e colocar em prática, vai pegar o dossiê e cartela de cores e jogar na gaveta. Então depende muito da pessoa", conta.
Mudanças
A rotina de todos também mudou durante e depois da pandemia de Covid-19, transformando o trabalho home office em algo corriqueiro. Apesar da praticidade, a imagem não pode ser descuidada pelo fato de a pessoa estar à vontade em casa.
"Quando você fala de sua imagem, não importa se é presencial ou online. Em uma reunião via internet, é importante a imagem que você vai transmitir. Falo muito para as clientes: você está feliz quando olha a câmera? E as pessoas percebem", afirma. "A mulher, por exemplo, tem que estar bem vestida, de maquiagem, com óculos e acessórios adequados. Há muito o que valorizar acima da cintura até o rosto", emenda.
A essência e personalidade, porém, precisa ser mantida, mesmo em um novo momento profissional, lembra a consultora. "Um exemplo: uma pessoa é advogada, trabalha no mundo corporativo, segue o dress code e imagem que a empresa quer que os funcionários transmitam e, agora, essa pessoa vai ter o próprio escritório. Ou seja, ela deixa de ser a Maria da Empresa x para a Maria Associados, mas ela continua sendo a Maria. A Consultoria de Imagem vai auxiliar nisso sem que a pessoa se transforme em outra, mantendo-a fiel a quem ela é. Nesse caso, ela vai ser a cara do próprio negócio. Então, as mudanças têm de ser de acordo com aquele momento que a pessoa está vivendo".
A regra também vale para uma transição de carreira. "O que vou analisar é o que se encaixa ou não para a nova profissão. Por exemplo: a pessoa era personal trainer e, agora, vai ser nutricionista, com consultório. Ela não vai ser nutricionista com a forma de se vestir de um personal trainer. Não pode ir de legging. É outra proposta. Temos que construir isso. E dentro da essência de cada um. Não vou colocar uma roupa em que ela vai se transformar em um personagem que não tem nada a ver com ela, mas sim como uma nutricionista e dentro de seu estilo. Tem que ser ela. Caso contrário, não consegue nem vender o próprio trabalho", recomenda.