O desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira acusa o guarda civil municipal Cícero Hilário Roza Neyo de querer enriquecer à suas custas. O desembargador alegou à Justiça, em um processo de contestação, que o GCM pediu indenização de R$ 114 mil após ser ofendido e desacatado para ganhar notoriedade e enriquecer.
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O caso que deu início ao processo aconteceu em julho deste ano quando, ao ser abordado pelo guarda municipal para que fizesse o uso da máscara de proteção, o desembargador o chamou de analfabeto, rasgou a multa e disse que ligaria para o secretário de segurança pública de Santos Sérgio Del Bel no intuito tentar uma "carteirada". Siqueira caminhava pela praia sem a máscara que é de uso obrigatório.
A ação foi registrada em vídeo e viralizou nas redes sociais e ganhou grande repercussão nacional. Siqueira pediu desculpas públicas ao guarda municipal, mas na Justiça, alegou que o GCM quer enriquecer às custas dele e também ganhar notoriedade.
"O guarda municipal e seu colega se valerem da filmagem ilegal da armação para ganhar notoriedade, expondo-a (vítima) nas redes sociais e, posteriormente, na imprensa, fazendo o desembargador parecer o vilão 'elitista', disse à Justiça o advogado de Siqueira, Marco Barone. O advogado disse ainda que "no calor do momento, o desembargador usou as palavras, frases e expressão indicadas, mas, em nenhum momento, agiu com dolo".
Já Hilário, o guarda desacatado e ofendido pelo desembargador, alegou à Justiça que a gravação não pode ser contestada. "Ele tinha pleno conhecimento de que estava sendo feita, inclusiva, em nítido deboche, olhou para a pessoa que estava realizando a gravação e fez sinal de tudo bem com o polegar".
O processo ainda será julgado.